Os 14 pontos de Deming
Os
denominados "14 princípios", estabelecidos por Deming, constituem o
fundamento dos ensinamentos ministrados aos altos executivos no Japão, em 1950
e nos anos subsequentes. Esses princípios constituem a essência de sua
filosofia e aplicam-se tanto a organizações pequenas como grandes, tanto na
indústria de transformação como na de serviços. Do mesmo modo, aplicam-se a
qualquer unidade ou divisão de uma empresa.
São os seguintes:
1º princípio:
Estabeleça constância de propósitos para a melhoria do produto e do serviço, objetivando tornar-se competitivo e manter-se em atividade, bem como criar emprego;2º princípio:
Adote a nova filosofia. Estamos numa nova era
econômica. A administração ocidental deve acordar para o desafio,
conscientizar-se de suas responsabilidades e assumir a liderança no processo de
transformação;
3º princípio:
Deixe de depender da inspeção para atingir a
qualidade. Elimine a necessidade de inspeção em massa, introduzindo a qualidade
no produto desde seu primeiro estágio;
4º princípio:
Cesse a prática de aprovar orçamentos com base no
preço. Ao invés disto, minimize o custo total. Desenvolva um único fornecedor
para cada item, num relacionamento de longo prazo fundamentado na lealdade e na
confiança;
5º princípio:
Melhore constantemente o sistema de produção e de
prestação de serviços, de modo a melhorar a qualidade e a produtividade e, consequentemente,
reduzir de forma sistemática os custos;
6º princípio:
Institua treinamento no local de trabalho;
7º princípio:
Institua liderança. O objetivo da chefia deve ser
o de ajudar as pessoas e as máquinas e dispositivos a executarem um trabalho
melhor. A chefia administrativa está necessitando de uma revisão geral, tanto
quanto a chefia dos trabalhadores de produção;
8º princípio:
Elimine o medo, de tal forma que todos trabalhem
de modo eficaz para a empresa;
9º princípio:
Elimine as barreiras entre os departamentos. As
pessoas engajadas em pesquisas, projetos, vendas e produção devem trabalhar em
equipe, de modo a preverem problemas de produção e de utilização do produto ou
serviço;
10º princípio:
Elimine lemas, exortações e metas para a
mão-de-obra que exijam nível zero de falhas e estabeleçam novos níveis
produtividade. Tais exortações apenas geram inimizades, visto que o grosso das
causas da baixa qualidade e da baixa produtividade encontra-se no sistema,
estando, portanto, fora do alcance dos trabalhadores;
11º princípio:
Elimine padrões de trabalho (quotas) na linha de
produção. Substitua-os pela liderança; elimine o processo de administração por
objetivos. Elimine o processo de administração por cifras, por objetivos
numéricos. Substitua-os pela administração por processos através do exemplo de
líderes;
12º princípio:
Remova as barreiras que privam o operário horista
de seu direito de orgulhar-se de seu desempenho. A responsabilidade dos chefes
deve ser mudada de números absolutos para a qualidade; remova as barreiras que
privam as pessoas da administração e da engenharia de seu direito de
orgulharem-se de seu desempenho. Isto significa a abolição da avaliação anual
de desempenho ou de mérito, bem como da administração por objetivos.
13º princípio:
Institua um forte programa de educação e auto-
aprimoramento.
14º princípio:
Engaje todos da empresa no processo de realizar a
transformação. A transformação é da competência de todo mundo
Fonte: DEMING, W.
E. Qualidade: A Revolução da Administração. Rio de Janeiro: Marques Saraiva,
1990.
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